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Antibióticos: O Perigo da Auto-Medicação

Tomar remédio por conta própria. Quem já não fez isso? Ok, ok... ninguém vai marcar consulta médica (e esperar 1 mês) pra o doutor prescrever um analgésico comum pra uma dor de cabeça igualmente comum. Mas, e quando não se trata de uma dor corriqueira? Às vezes a dor é um alerta do corpo pra algum perigo... fique atento! Nesse caso, tomar remédio sem saber o motivo da dor apenas "mascara" os sintomas e o problema real.

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Antibióticos. Fonte

Tem gente que acha que antibiótico é bala de caramelo. Doeu a cabeça? Antibiótico. Doeu o estômago? Antibiótico. Doeu o dente? Antibiótico. E o pior: QUALQUER antibiótico.... Auto-medicação é ruim em qualquer categoria medicamentosa, mas quando se trata de antibióticos... ai ai ai. Já atendi pacientes com dor de dente que faziam uso crônico desses medicamentos, meses a fio! E a dor ia e voltava. Nesses casos, o antibiótico vira bala de caramelo mesmo: não ajuda em nada (e ainda prejudica muito).

Antibióticos são medicamentos usados para combater infecções por bactérias, fungos e "otras cositas más". INFECÇÕES, e não inflamações. Em tempo: "infecção" é o ataque das bactérias. "Inflamação" é a defesa (reação) do nosso organismo (a região fica quente, avermelhada, dolorida e inchada). Às vezes há inflamação, mas não há infecção (nem necessidade de antibiótico).

Cada tipo de antibiótico age sobre espécies definidas de microrganismos. Alguns matam as bactérias, outros as "paralisam". Mas todos eles "selecionam" bactérias, ou seja, agem sobre algumas e não agem sobre outras. Resumindo: quando você toma antibióticos indiscriminadamente, você elimina alguns microrganismos e deixa outros mais fortes, pois sobra mais espaço para esses últimos. E aí, com o tempo, você desenvolverá resistência, ou seja, aquele antibiótico não terá mais efeito sobre você. Aí já era.

Trazendo tudo isso pra Odontologia, se você estiver com dor de dente não se auto-medique. Agende uma consulta com seu cirurgião-dentista para investigar o motivo dessa dor (tá, um analgésico de emergência tudo bem...). Se for uma infecção, ele prescreverá o antibiótico adequado e eficaz para o caso, a ser tomado da forma correta e durante o tempo exato. Se não houver infecção, nada de antibiótico. Além disso, se for necessário algum procedimento como exodontia (extração), restauração, endodontia (tratamento de canal) pra que a dor seja solucionada (e não "escondida" sob efeito de remédios), será feito. E chega de dor. Mesmo.

Postado por Ana Tokus

Odontogeriatria: Problemas bucais comprometem sistema digestivo do idoso e saúde sistêmica

SÃO PAULO - Segundo estimativas mundiais, o número de idosos deve duplicar até 2025. Para o Brasil, a projeção é de 33 milhões de pessoas com esse perfil, cerca de 19 milhões a mais que hoje. Em paralelo, acredita-se que neste período, de cada 2 pacientes que visitarem os consultórios dentários, 3 serão idosos. Pensando nisto, a odontologia ampliou sua atuação ao atendimento especialmente geriátrico.

A odontogeriatria — tratamento odontológico para idosos —trabalha com a prevenção e tratamento de doenças bucais que podem comprometer a saúde sistêmica dos idosos. Para o cirurgião-dentista Leonardo Marchini, formado pela FOSJC -UNESP, o profissional desta área deve ser preparado para atender o idoso de forma especial. “As alterações relacionadas à idade, não só na boca, como no organismo em si, exigem modificações na conduta do profissional durante o tratamento”, acredita.

Odontogeriatria exige preparo especial
Em função da impossibilidade de locomoção ou falta de recursos, é importante também que o especialista esteja preparado para a prática odontológica em domicílios, hospitais, casas de repouso ou asilos. Para tanto, existem equipamentos portáteis que levam ao paciente todo o conforto de um consultório dentário.

Dr Leonardo, que se especializou nesta prática conhecida como “home care”, explica sua importância. “O home care nasceu quando dentistas notaram que a ausência de visitas aos consultórios não era apenas falta de conscientização. Muitas pessoas, em sua maioria idosos, apresentam dificuldade de locomoção. Esta limitação faz com que elas se esqueçam de tratar da saúde bucal.”

Sem tratamento adequado, inúmeros problemas bucais acometem os idosos, como a ausência de dentes, cáries e doenças periodontais. Outras doenças tem incidência maior com a idade. São elas: boca seca, bruxismo, lesões da mucosa oral, câncer, entre outras. Antes que os problemas apareçam, é possível preveni-los. “Higiene da boca e das próteses são indispensáveis. Além disso, um exame clínico anual faz o diagnóstico precoce para o tratamento adequado de lesões orais, muitas vezes não percebidas”, conclui Ana Paula Falcão de Moura, cirurgia-dentista pós-graduada pela USP.

Segundo estudos da OMS, Organização Mundial da Saúde, em breve poderemos chegar aos 120 anos, e com uma vantagem: com quase todos os dentes. Mas enquanto isto não acontece, é preciso que, inclusive, pessoas sem dentes tratem da boca, como explica o Dr Leonardo. “Quem usa dentaduras deve refazer a parte de dentro a cada dois anos, pois a área de suporte muda. As próteses também precisam ser refeitas a cada cinco anos”, aconselha.

Embora o número de idosos tenha subido com o aumento da expectativa de vida, as visitas aos consultórios não aumentaram na mesma proporção. Para mudar este quadro, a Dra Ana Paula acredita que é preciso investir em educação continuada. “Principalmente em universidades da terceira idade, que apresentam palestras e cursos de educação na área de saúde em seus programas”, afirma.

Fonte: ABN – Agência Brasileira de Notícias

Aparelho intraoral pode ser novo aliado contra o ronco

Um aparelho intraoral que facilita a passagem do ar e deve ser usado durante o sono é mais uma esperança no combate ao ronco. Patenteado com o nome de “No Snore”, ele foi desenvolvido há oito anos por Cynthia Gomes Ribeiro, professora de odontologia da Universidade Federal de Alagoas.

Neste ano, ela avaliou o uso do aparelho por 11 pacientes com síndrome da apneia obstrutiva do sono para sua tese de doutorado, defendida na Faculdade de Odontologia de Piracicaba, da Unicamp.

Esse distúrbio, que atinge cerca de 5% da população, abrange sintomas como ronco, paradas respiratórias durante o sono, sonolência diurna excessiva, diminuição da concentração e do aprendizado, entre outros. Segundo a ortodontista, trata-se de uma doença progressiva que pode levar ainda a arritmias cardíacas, infarto e favorecer a instalação da hipertensão e do diabetes.

Menos sintomas
Dos 11 participantes, dez tinham episódios excessivos de sono durante o dia e utilizaram o aparelho intraoral por três meses consecutivos. Em oito, os sintomas desapareceram, enquanto dois tiveram redução da sonolência diurna. A comprovação ocorreu por meio de testes de vigília com eletrodos.

Segundo a pesquisadora, o aparelho promove o avanço da mandíbula de forma progressiva e permite uma pequena abertura da boca. “Ele também é confortável, o que aumenta a adesão ao tratamento, e não sai da boca durante o sono”, diz.

A apneia obstrutiva do sono pode ser tratada com cirurgia (para aumentar o espaço da faringe e melhorar a passagem de ar ou para promover o avanço da mandíbula), com uso de máscara nasal e com aparelhos intraorais, como o “No Snore”.

Os pacientes interessados em tratar o ronco ou a apneia obstrutiva do sono deverão passar por um ortodontista e realizar uma série de exames, de acordo com Ribeiro. Se comprovada a indicação de uso do “No Snore”, um profissional qualificado poderá fabricar o aparelho, disponível nos consultórios de especialistas com treinamento para tratar esse tipo de distúrbio, e adaptá-lo à cavidade oral do paciente.

MARIANA VERSOLATO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

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